Ex-ministro Teich disse que não participou de decisões sobre cloroquina

Resumo da CPI da Pandemia:

O ex-ministro da saúde Nelson Teich que presta depoimento nesta quarta-feira (5), na CPI da Pandemia, ele é o segundo ex-ministro da Saúde a prestar depoimento. Teich diz que deixou o governo por não ter autonomia e por discordar sobre implementação da cloroquina.

"Vou ser honesto, não participei disso. Se aconteceu alguma coisa, foi fora do meu conhecimento", disse, ao ser perguntado sobre uma declaração do presidente Bolsonaro, em março de 2020, de que o laboratório do Exército havia aumentado a produção do medicamento.

“No âmbito da vacinação, eu trouxe a vacina de Oxford, da AstraZeneca para o Brasil, para estudos clínicos. Comecei a abordagem com a empresa Moderna, fiz uma conversa inicial com a Janssen para iniciar a parte de estudos. Lamentavelmente minha passagem foi curta de modo que não pude dar envolvimento a esses projetos”.

Destacou também que sob sua gestão, foram iniciados projetos de testagem e de avaliação da questão do distanciamento.

Ele ressaltou que os motivos de sua saída da pasta são públicas, mas se devem, basicamente, a constatação de que não teria autonomia e liderança que considerava indispensáveis ao exercício do cargo.

"Sem liberdade para conduzir o ministério de acordo com as minhas convicções, optei por deixar o cargo", disse o ex-ministro.

Teich ficou apenas 29 dias à frente da pasta.